A primeira vez

São 9 horas, o feijão já está cozido, tem bolo de banana no forno e uma bebê sem fralda em pé lambendo a colher da massa crua que sobrou no liquidificador. A primeira vez que ela faz isso, olha pra mim e diz “mamãe, é bom!”, com aquele brilho nos olhos que só as primeiras vezes são capazes de proporcionar.
Sobrou massa, vamos encher as forminhas pequenas, “a Ísis coloca, mamãe!”.
Lá fora tem sol e o jardineiro corta a grama. Não temos pressa.
Se isso não for felicidade, não sei mais nada da minha vida.
Ah! O bolo! É pra levar na escola, festinha pra encerrar o ano e realizar o primeiro (mais uma primeira vez) amigo secreto na nossa pequena. Ela tem 2 anos, não sabe o que é isso, só sabe que vai ter bolo e livro de presente.
O bolo assou, hora de se arrumar para a aula de natação. Enquanto caminhamos pela rua do condomínio, dou a ela uma florzinha que eu costumava chamar de “anjinho”, hoje chamo de dente-de-leão. Ela me olha, com aquele olhinho brilhante, e diz “opitata, mamãe!”.

Mas o texto é sobre primeira vez…
Guiar uma criança pela vida é assistir, experienciar e reviver isso muitas vezes. A gente cresce e se acostuma com uma vida sem surpresas, esquece o poder do brilho nos olhos da primeira vez… acostumamos com lugar seguro e, por vezes, não nos permitimos novas experiências… e isso faz tão bem! Mexe com nosso intelecto por meio das emoções, doido né?
Ouse se inscrever em uma aula de algo que você nunca fez antes e depois me diga… é aquela expressão “não é terapia, mas é terapêutico!”.
A vida adulta tem pedido, cada vez mais, experiências e um brilho de primeira vez.

Meu conselho? Vai pintar! Sem medo de ser feliz e sem ligar para o resultado… se conseguir atingir o que você considera belo, perfeito! Mas o segredo é curtir o processo. 😍

 

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